segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Abstração poética

Sou as tuas impressões e as de qualquer leitor.
Divido-me entre o pluralismo das definições e das percepções momentâneas.
Valorizo a particularidade das palavras e a distinção das letras.
Letras que descrevem um ser-alfabeto.

Permito-me a exaltação de uma “abstração poética”.
Abstração que se transforma em in-trans-piração.
A transpiração de uma agitação lúcida.
A inspiração pela busca de sonhos correspondentes.

Sou a fronteira entre a fantasia e o concreto.
Imaginação que não tem limite
Que sussurra no ouvido
Pra tecer uma história.

(Bruno Guedes Fonseca)

(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)













quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Gulosa

É o bom! É o melhor!
Um novo pedaço.
Que em minha boca traz a fome.
Larica de corpo e alma.

Torrões, mascavos, confetes... Pavê de prazer.
Uma delícia açucarada.
Fartura posta à mesa... À cama!
Sobremesa cheia de colo.

Suco de laranja, vinho, sangria, suor...
Quero te beber por inteiro.
Entornar teu cálice em minha sede.
Derramar o caldo...
Sem modos e leveza.

Devoro, degusto.
Empanado ou ensopado.
Todas as guloseimas de sua boca.
Teu corpo...
Meu prato principal.

Uma gula por sabores quentes.
Sabores doces.
Caviar, filé!
Talheres e cafuné.
Banquete do pecado divino.

Estou com fome.
Quero mais!

Mate a tua fome.
Tem muito mais!

(Bruno Guedes Fonseca)

(Todos os direitos reservados e protegidos pela lei nº 9.610, de 19/12/1998)